A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 458/10, do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP), que obriga a União, os estados e os municípios a investir no mínimo 3% do orçamento em ações e programas da área de cultura. O percentual estabelecido pela proposta é referente à receita proveniente de impostos e transferências.
Pela proposta, os municípios ficarão obrigados a criar um órgão gestor para administrar e aplicar os recursos destinados ao setor cultural. Esse órgão poderá ser secretaria municipal, diretoria, fundação ou conselho específico de cultura.
Investimentos privados
Dr. Ubiali explica que a proposta surgiu a partir de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada entre 2003 e 2005, segundo a qual o número total de empresas privadas que atuavam na produção cultural brasileira aumentou 19,4%, enquanto o crescimento total do número de empresas do País foi de 9,3% no mesmo período.
"Este dado demonstra claramente a demanda gerada pela população por bens e serviços culturais, o que tem estimulado maiores investimentos da iniciativa privada. As empresas têm investido, não por filantropia, mas porque dá lucro, gera renda e desenvolve o mercado consumidor", analisa o parlamentar.
A pesquisa citada pelo parlamentar aponta que o crescimento do número de profissionais assalariados do setor cultural foi de 15,1%, enquanto nos outros setores econômicos foi de 13,2%, entre 2003 e 2005. "Esses resultados comprovam a importância do investimento em cultura para o desenvolvimento do emprego e da renda."
Recursos públicos
Por outro lado, segundo o deputado, a pesquisa apontou o baixo investimento dos governos federal, estadual e municipal em cultura. Em 2005, segundo os dados, em todas as esferas de governo, gastos com cultura representaram apenas 0,2% do total de despesas da administração pública.
O estudo mostra que o governo federal ampliou seu volume de gastos no setor cultural, mas ainda é a esfera menos representativa em termos proporcionais de investimento. “A União foi responsável, em 2005, por 16,7% dos investimentos públicos em cultura, ou R$ 523,3 milhões. Entretanto, os resultados não somam os recursos de incentivos concedidos por meio de renúncia fiscal em mecanismos como a Lei Rouanet, por exemplo".
Os municípios continuam sendo os principais investidores públicos em cultura, segundo o deputado. Apesar disso, em 84,6% dos municípios não há instituições exclusivas para gerir a cultura e, em 72%, os órgãos desenvolvem outra atividades.
"O grande problema é que 42% dos municípios brasileiros não possuem uma política cultural formulada. Isso significa que a cultura ainda não está incluída na agenda das políticas públicas", argumenta.
Tramitação
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania vai analisar a admissibilidade da PEC. Se admitida, será examinada por comissão especial e, posteriormente, votada em dois turnos pelo Plenário.
Pela proposta, os municípios ficarão obrigados a criar um órgão gestor para administrar e aplicar os recursos destinados ao setor cultural. Esse órgão poderá ser secretaria municipal, diretoria, fundação ou conselho específico de cultura.
Investimentos privados
Dr. Ubiali explica que a proposta surgiu a partir de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada entre 2003 e 2005, segundo a qual o número total de empresas privadas que atuavam na produção cultural brasileira aumentou 19,4%, enquanto o crescimento total do número de empresas do País foi de 9,3% no mesmo período.
"Este dado demonstra claramente a demanda gerada pela população por bens e serviços culturais, o que tem estimulado maiores investimentos da iniciativa privada. As empresas têm investido, não por filantropia, mas porque dá lucro, gera renda e desenvolve o mercado consumidor", analisa o parlamentar.
A pesquisa citada pelo parlamentar aponta que o crescimento do número de profissionais assalariados do setor cultural foi de 15,1%, enquanto nos outros setores econômicos foi de 13,2%, entre 2003 e 2005. "Esses resultados comprovam a importância do investimento em cultura para o desenvolvimento do emprego e da renda."
Recursos públicos
Por outro lado, segundo o deputado, a pesquisa apontou o baixo investimento dos governos federal, estadual e municipal em cultura. Em 2005, segundo os dados, em todas as esferas de governo, gastos com cultura representaram apenas 0,2% do total de despesas da administração pública.
O estudo mostra que o governo federal ampliou seu volume de gastos no setor cultural, mas ainda é a esfera menos representativa em termos proporcionais de investimento. “A União foi responsável, em 2005, por 16,7% dos investimentos públicos em cultura, ou R$ 523,3 milhões. Entretanto, os resultados não somam os recursos de incentivos concedidos por meio de renúncia fiscal em mecanismos como a Lei Rouanet, por exemplo".
Os municípios continuam sendo os principais investidores públicos em cultura, segundo o deputado. Apesar disso, em 84,6% dos municípios não há instituições exclusivas para gerir a cultura e, em 72%, os órgãos desenvolvem outra atividades.
"O grande problema é que 42% dos municípios brasileiros não possuem uma política cultural formulada. Isso significa que a cultura ainda não está incluída na agenda das políticas públicas", argumenta.
Tramitação
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania vai analisar a admissibilidade da PEC. Se admitida, será examinada por comissão especial e, posteriormente, votada em dois turnos pelo Plenário.
Fonte: AGÊNCIA DA CÂMARA
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